A atuação de um armador é complexa porque envolve diferentes camadas de regulação. Além das normas locais de cada país onde operam, essas empresas precisam seguir regras globais. A principal entidade reguladora dos armadores é Organização Marítima Internacional (IMO), uma agência especializada da ONU, criada para promover a segurança nos mares e reduzir os impactos ambientais causados pelas embarcações.
Além da IMO, os armadores também precisam se adequar à legislação dos países onde suas frotas operam, bem como respeitar as exigências das autoridades portuárias e de outros órgãos locais e regionais envolvidos no setor. Em muitos casos, essas empresas fazem parte de entidades representativas da indústria naval, como a International Chamber of Shipping (ICS). A ICS atua como porta-voz global dos armadores, criando recomendações e políticas que visam tornar o transporte marítimo mais eficiente, seguro e sustentável.
A ICS ajuda a padronizar práticas em temas como:
- Segurança operacional e qualificação da tripulação;
- Redução de emissões e adoção de tecnologias limpas;
- Promoção do livre comércio marítimo;
- Alinhamento global de normas técnicas;
- Formação de profissionais do setor;
- Estímulo ao diálogo entre empresas, governos e portos.
No caso brasileiro, esse papel regulador é assumido pela ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). A agência é responsável por autorizar, fiscalizar e normatizar o transporte aquaviário no Brasil, inclusive as operações conduzidas pelos maiores armadores do mundo.